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A Biblioteca Central foi fundada em 16 de novembro de 1972, com a estrutura atual e ao longo do tempo foi ganhando espaços novos, entre eles a Biblioteca de Braille, um projeto audacioso para ajudar os acadêmicos com deficiência visual. Com ela, a UFPA pode oferecer ferramentas para o êxito na formação desse estudante.
Apesar de o local chamar-se Biblioteca de Braille, o instrumento mais usado para possibilitar a leitura para o aluno é o DosVox, um sistema para microcomputadores que se comunica com a pessoa através da síntese de voz e, proporciona ao deficiente visual um alto grau de independência no seu estudo. O aluno leva o livro para o local a fim de ser digitalizado e depois o livro é escaneado para que o software possa transformá-lo em algo para ser ouvido.
Entretanto, engana-se quem acha que o trabalho está concluído. Para que o estudante possa viajar em meios aos livros é necessária a revisão pelas pessoas que trabalham na Biblioteca, devido o texto agora digitalizado, conter palavras erradas. E por que não passar o texto para o Braille? Os livros somente são transmitidos para o Braille quando o aluno pede e passar todos os livros existentes na Biblioteca Central seria perder tempo, já que incrivelmente poucos alunos deficientes visuais, no máximo nove, frequentam o local.
A Biblioteca de Braille é um lugar escondido na imensidão da Biblioteca Central, mas impressiona pela história de luta que possui, apesar de existir há apenas 15 anos. Além disso, existem pessoas que se dedicam a esse trabalho de inclusão, um trabalho árduo, mas que possibilita ao aluno especial uma vida acadêmica consistente. Uma iniciativa para ser aplaudida. E de pé.